Essa frase não é minha. É do brilhante Austin Kleon no livro “Roube como um artista” que li há alguns anos atrás.
Assim que finalizei a leitura fiquei muito impactada com essa frase. Comecei a pensar na quantidade de coisas: livros, cursos, desenhos, roupas, comidas que eu queria ler/fazer/criar/usar/comer e que não existiam.
E que eu tinha sido condicionada em toda a minha educação formal, super estreita e industrial, a esperar que alguém criasse pra mim, por que eu não era escritora, artista, estilista ou cozinheira. Eu não me sentia capaz de fazer coisas que ia além dos limites da minha graduação.
Precisei de alguns anos, muita terapia e várias releituras para digerir melhor essa frase.
O Tiago Mattos, diz no seu livro “Vai lá e Faz” que num futuro breve não faremos uma coisa só: seremos intra-empreendedores dinâmicos e criadores, exercendo várias atividades além do universo restrito das profissões e escolas de hoje.
Por que eu tinha de esperar alguém criar o livro que eu queria ler? Por que eu mesma não posso aprender a escrever? Por que eu me amputo desse jeito me restringindo a um universo tão limitado de conhecimento? Por que por ser arquiteta eu não posso escrever um livro?
“Desenhe a arte que você quer ver, comece o negócio que quer gerir, toque a música que quer ouvir, escreva o livro que quer ler, crie produtos que quer usar – faça o trabalho que quer ver pronto.”
Depois que consegui ultrapassar a barreira de todos esses tabus limitantes e castradores eu saí da bolha:
- Eu realmente criei o livro que eu queria ter lido quando me formei e era uma arquiteta perdida tentando começar um negócio sem orientação e sem embasamento. E ele está aqui!
- Eu também criei uma revista digital para falar de temas que vão além da arquitetura e que enxergam a profissão por outro ângulo. Eu sempre quis ler uma revista assim! Ela é o Tabulla, esse portal que vocês estão agora.
- Eu criei o curso que eu queria ter feito quando decidi fechar meu escritório e descobrir novos nichos na minha área. Mais informações em breve!
O início do processo criativo e que nos leva à inovação consistem em identificar um problema e ter a motivação necessária para buscar a sua solução. Portanto, quanto mais conectado você estiver com o problema, quanto mais relevante ele for para você, maior será a sua motivação para buscar as soluções mais inovadoras.
Maior também será a chance de você criar algo totalmente inusitado, pois a sua visão sobre o tema será única, uma vez que ele é pessoalmente relevante para você.
Está buscando inspiração para começar um novo negócio, ou mesmo para exercitar o seu potencial criativo na empresa em que trabalha atualmente, as perguntas abaixo podem te ajudar:
Qual problema você se sente motivado para resolver hoje?
Qual processo da sua área te incomoda e você acredita que pode ser melhorado?
Qual serviço você gostaria que estivesse disponível no mercado e não está?
Qual produto você gostaria de poder comprar, mas não existe?
As respostas para essas perguntas são grandes oportunidades de inovar e, até mesmo, começar um novo negócio.
Escreva o livro que você quer ler e descubra que existe um número enorme de pessoas que também precisam ler esse livro. Deixar de escrever esse livro é deixar de ajudar tanta gente que ainda nem sabe que tem um problema, mas que de alguma maneira já sente que ele está à sua volta.
Não perca essa chance.
