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Homebody Economy: a tendência dos caseiros

11 de novembro de 2020

Você ama ficar em casa e sempre recusar um convite para sair? Seja bem-vindo ao time das pessoas que fazem parte da Homebody Economy ou a tendência dos caseiros.

O termo – The Homebody Economy – foi lançado pela Vox, em um artigo sobre jovens americanas que preferem ficar em casa e gastar dinheiro com elas mesmas em deliverys, skincares, super-banheiros e equipamentos tecnológicos para a casa.

A decisão de não sair de casa não se limita apenas àqueles com mais de 40 anos; 82% dos jovens, entre 18 e 30 anos, recusam constantemente convites de amigos em troca de uma boa noite de sono de acordo com pesquisa divulgada recentemente pela Egoflex.

Pubs ingleses estão fechando; cerca de 18 por semana. Em Londres, metade das casas noturnas foram fechadas entre 2005 e 2015. Gigantes de cadeias de rua também não estão muito bem, com a queda do setor, ano após ano.

Oportunidades

A preferência por ficar em casa, pode ser uma oportunidade para arquitetos, designers, novas empresas e novos negócios que enxerguem a Homebody como um nicho promissor, já que esse jovens podem não gastar dinheiro na rua, mas não hesitam em transformar suas casas num templo pessoal de auto-cuidado e diversão.

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Na Bienal de Veneza 018, a historiadora da arquitetura, Beatriz Colomina exibiu um “bed-in” no pavilhão Serpentine. Seu objetivo era explorar o que “a cama significa para nós.
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Bed Trip: a cama multiuso dos millennials produzida pela Cassina.

Em tempos de pandemia, onde o trabalho em casa se tornou obrigatório para muitas pessoas, pensar em soluções que facilitem a muldisciplinaridade de objetos do lar e adaptação da casa tem aumentado significativamente.

 Como adaptar layout e mobiliários para se transformar em escritório? Como trabalhar em casa e conseguir concentração e produtividade? Como os interiores podem se adaptar a esse “novo normal”?

Diversos designers tem criado propostas de mobiliários híbridos e marcenaria robôtica, que tornaria essa transformação rápida e eficaz, adaptando móveis de descanso para trabalho sem perder a ergonomia e a funcionalidade.

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Cadeira que se transforma em mesa e cama de diferentes tamanhos, trabalho do designer Geoffrey Pascal
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Mesa Bedchill desenvolvida para quem trabalha na cama (com diferentes tamanhos, luz de led, gavetas e tomada embutidas) pela está em processo de arrecadação de fundos na plataforma KickStarter

Outros setores como o de pets também é afetado pela Homebody, já que criar animais faz parte do processo de transformar a casa num lugar de acolhimento.

Na Ásia, onde a criação de gatos é bastante comum devido ao pequeno tamanho dos imóveis, soluções como prateleiras verticais, portas automáticas e escadas ajudam a conectar os bichos à casa que vira uma habitação mista – humanos e animais.

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Apartamento em Taiwan do KC Design Studio adaptado para abrigar os 3 gatos da moradora
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Apartamento no Japão do ALTS Design Office adaptado para os bichos com prateleiras

Nas CES 2020, Consumer Eletronics Show, uma das maiores feiras de eletrônicos e tecnologia do mundo e acontece todo mês de janeiro em Las Vegas, robôs de limpeza e dispositivos que controlam a casa com comandos de voz foram a bola da vez.

A Samsung lançou um rôbo muito parecido com o BB8 de Star Wars, em formato de bolinha e equipado com inteligência artificial para funcionar como assistente virtual como a Alexa do Amazon.

O dispositivo informará se você está gastando muito água ou consumindo muita energia e tomando as providências necessárias por você para resolver o problema.

Mais insights da Homebody

Em seu livro Homebody: A Guide To Creating Spaces You Never Want to Leave (Um Guia para Criar Espaços que Você Nunca Mais Quer Deixar), a designer Joanna Gaines explica como criar espaços que reflitam as personalidades e as histórias das pessoas que moram lá.

O livro promete dar uma visão detalhada de de como misturar gêneros para criar espaços que se parecem com os moradores.

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Fonte: Rotas – O Futuro das Coisas