As vendas online tem aumentado bruscamente dia a após dia e os mega sites de ecommerce tem investido em marketing pesado para atrair cada vez mais clientes. O aumento das vendas online no Brasil no primeiro trimestre de 2019 foi de 23%, significativo em tempos de crise ecônomica.
Até o Instagram entrou no mercado de compras online e brevemente terá um botão onde você poderá fazer comprar dentro do próprio aplicativo!
E agora?
E como fica o varejo físico com essa bruta concorrência com a internet, onde o usuário não precisa sair de casa, gastar gasolina, pagar estacionamento e se relacionar para comprar? Como ficam as lojas de shopping e seus mega mercados de projetos de franquias que empregam vendedores, arquitetos e construtores da criação do projeto ao funcionamento final?
Segundo a CEO da Glossier, Emily Weiss, o comércio emocional pode ser um modelo para o futuro do varejo. A marca começou como um blog, depois se transformou em uma empresa de mídia e mais recentemente se transformou em uma rede de lojas física. Como eles conseguiram isso?
Primeiro eles criam uma legião de fãs da marca que consome seu conteúdo ativo nas redes sociais, permitindo que seus clientes informem suas preferências e gostos ao invés de ter uma equipe criativa que diz o que o usuário quer consumir.
Experiência
Para a Glossier, o designer é o cliente e a equipe está lá para ouvi-lo. O contato tête a tête é tão grande que os clientes querem participar do espaço físico de vendas como se fosse um templo pronto para recebê-los. É a emoção e a empatia sendo usada como ferramenta de conexão.
Mais de meio milhão de clientes visitaram a loja desde que foi aberta em 2017. O projeto favorece o conforto, como se fosse uma casa aberta para recebê-los, priorizando a experiência de uso do produto: pias, cadeiras, camas, mesas e espelhos estão à disposição por toda a parte para que o cliente possa testar e colocar a mão em tudo.
Experiência é a palavra do momento em se tratando de varejo e experiência atrelada à emoção, como a Glossier faz mostra que o caminho das lojas físicas ainda é muito longo e que as relações de venda criadas nos projetos tradicionais vão precisar mudar para se adequar à concorrência online.