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Tendências 2017: No que apostar nesse ano de mudanças

14 de março de 2017

Mais um ano começou e nós não poderíamos deixar de falar sobre tendências 2017, essa palavra que ronda o mundo da arquitetura e do design e faz profissionais e clientes correrem atrás de revistas e catálogos para saber que estilos, materiais e estéticas vão dominar os projetos e as lojas especializadas.

Em 2016, tivemos um ano de recessão econômica no Brasil, e isso se reflete diretamente nos lançamentos de 2017. Estamos vivendo uma época de compras mais conscientes, de se voltar mais para soluções práticas e de reaproveitamento e reciclagem, que não demandem tantos gastos e mão-de-obra.

Segundo a WGSN, a World Global Style Network, uma das maiores empresas de pesquisas de tendências do mundo, definiu quatro eixos de macro-tendências que vão nos guiar neste ano que está só começando, são elas:

Elemental

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A gente está cansado de excessos, então, o que faz? Busca a essência. A gente precisa criar formas para voltar a ter mais tempo. É viver a pausa do excesso que existe hoje. Tudo é uma questão de encontrar o sentido no que estamos fazendo. E esta é uma boa dica para quem tem uma empresa, uma marca: tudo o que você faz tem um propósito?

Artisan

Hands of young woman holding sewing pattern --- Image by © Jim Craigmyle/Corbis

A palavra aqui é cocriação. Surgem dois novos tipos de Do It Yourself: é o Do It With Others e o Do It For Others. O que a gente acreditava que seria o futuro – Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática – cada vez mais precisa da companhia da Arte. Não dá só para pensar em números se não conseguirmos preservar a intuição, o lado humano. .  Com o poder de criação na mão do meu consumidor, se eu não trago ele para o meu lado hoje, ele pode se tornar meu concorrente amanhã.

Remaster

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Estamos cansados de esperar, então partimos em busca de experiências fantásticas.  O que pode conectar os neurônios melhor?  Tudo pode ser diferente e opulento, tudo por ser novo e se destacar das escolhas dos outros.

Offbeat

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A procura da diversão para quebrar o tédio está cada vez mais forte e ela chegou ao cotidiano. O humor, a graça, o divertido entram de vez na nossa vida na busca por um estilo de vida mais leve e divertido.

 

E como isso se reflete nos materiais, estilos e cores? Todo esse texto explicativo da WGSN é basicamente para justificar como comportamentos e materiais vão se inserir no nosso cotidiano, e porque devemos voltar nossa atenção para eles não só em 2017, mas muito desse discurso vai entrar em 2018 também! Vamos falar dessas micro-tendências que nos afeta diretamente baseadas nos quatro eixos acima:

Greenery

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Esta é a cor da esperança e da nossa ligação com a natureza. Ele remete ao que chamamos de palavras ‘re’: regenerar, refrescar, revitalizar, renovar. Greenery representa a busca por mais natureza dentro de casa: ao optar por essa cor nas paredes ou em objetos, traz-se o frescor do outdoor de maneira simbólica para o indoor. Vide a tendência de utilizar vegetação dentro de casa, como os cactos (que não precisam de muita água) povoando os interiores.

Rusticidade e Texturas

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As madeiras rústicas prevalecem principalmente no design de móveis por serem grosseiras e usadas com pouco polimento. Materiais que permitem um toque, uma interação do usuário com o produtos também chegam à tona bem fortes.

Fluidez e Leveza

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O avanço do led permitiu que as luminárias fiquem cada vez com desenhos mais diferentes,  mais finas e mais fluidas. Pendentes com formatos geométricos ríquissimos utilizados em grandes quantidades e com formatos que remetem bastante ao fundo do mar e ao espaço sideral, tornando o visual da casa mais fluido e nos preparando para nos reenergizar.

Simplicidade

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Madeiras claras como o bambu e o pinus, além de algodão, tons de cinza e desenhos orgânicos chegam numa tentativa de reviver as vidas simples do passado, quase um estilo escandinavo mas com assinatura e pegadas modernas num combate claro à tanta tecnologia. Laca, polimentos e brilhos começam a perder vez – menos é mais.

Imperfeição

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Detalhes feitos para parecer que foram “mal-feitos” mas na verdade estão ali propositalmente. Seja em acabamentos de madeira, mármores, granitos, como até em revestimentos de paredes e tubulações elétricas numa alusão à vida caótica e adaptada ao caos que vivemos nas grandes cidades. Metais oxidados como cobre e ferro também aparecem bastante.

Personalização

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Composições que valorizam uma geometria super trabalhada com recortes diferentes na marcenaria de cozinhas e banheiros e móveis que permitem que podem ser modificadas pelo próprio usuário ao comprar um ou mais produtos da mesma linha, dando valor à individualização e às diferenças.

Cultura Local

18 de Abril de 2015. .O TRABALHO DESENVOLVIDO PELOS IRM - Regional - 20ci1105 - ELIZANGELA SANTOS

A valorização da cultura local da cidade em que está inserido o projeto, seja nos materiais, seja em cores, seja em produtos está sendo super valorizada, um exemplo disso é a brasilidade e o sucesso do Brasil mundo afora com a Copa e as Olímpiadas. As imigrações ocorridas em massa no ano passado também contribuíram para a mistura de culturas e o crescimento de diferentes formas de criar.

Mais artesanal

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Os produtos tem cada vez mais uma pegada de exclusividade seguindo processos artesanais de fabricação levando em conta aspectos como a sustentabilidade e o emprego da mão-de-obra manual numa valorização da energia humana.

Salvar

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